Leituras:aqui
A liturgia do
28º Domingo do Tempo Comum utiliza a imagem do «banquete» para descrever esse
mundo de felicidade, de amor e de alegria sem fim que Deus quer oferecer a todos
os seus filhos.
O Apóstolo Paulo
está preso e recebe uma ajuda monetária razoável, recolhida na comunidade de
Filipos. Porém, embora a ajuda seja bem-vinda, porque alivia a "aflição" de
Paulo, mas não é o mais importante para ele, porque se sente preparado para
viver na fartura e para passar fome, e assim, acontece, porque, "Tudo posso por
Cristo, que me dá força".
Neste contexto,
São Paulo apela aos filipenses que é muito importante partilhar e interessar-se
pelas aflições dos outros e viver a solidariedade com os mais necessitados. Quem
abre o coração à partilha, Deus provém a todas as suas necessidades. Deus não
falta com tudo o que seja necessário em relação a todos os que abrem o seu
coração à solidariedade e partilha. Já vem de longe o ensinamento, "quem dá aos
pobres empresta a Deus".
Este texto
dá-nos uma grande lição em duas vertentes. Primeira, devemos ser solidário e
sempre que as necessidades à nossa volta apareçam devemos procurar ajudar na
medida do possível. Segunda, devemos aprender a viver em cada circunstância com
aquilo que a vida nos oferece. Quantas pessoas, encontramos revoltadas, porque
não têm abundância de dinheiro e de bens materiais? Quantos vivem amargurados
porque a vida não lhes acena com a sorte de ter muito? Quantos vivem a
contragosto porque a vida não lhes sorri com tudo aquilo que a publicidade
seduz? - O desespero é grande, porque se desaprendeu a viver com pouco e com
aquilo que é absolutamente necessário para a vida.
Por um lado,
para nós cristãos, o Apóstolo São Paulo é apelativo quanto à necessidade que
temos em estar atentos às aflições dos outros. Muitas vezes encontramos muitas
razões para não ajudar ninguém, porque ora a miséria e a aflição é o resultado
de más opções e de atitudes desregradas. Mas, não é esse o princípio cristão.
Ser cristão é ser solidário, amigo e fraterno mesmo que se receba todo o mal do
mundo e todas as incompreensões possíveis. A partilha e a caridade
(solidariedade) devem fazer parte da vida de todo o cristão. É na vida cristã
que radica a visibilidade de outro ditado popular: "Fazer o bem sem olhar a
quem".
Por outro,
aprender a viver com aquilo que a vida nos dá é muito importante. Não digo
satisfazer-se e acomodar-se absolutamente, mas antes lutar sempre mais sem
desespero nem atropelos. Esta aprendizagem é importante, porque nos ajuda nos
momentos menos bons, os momentos da crise. Muita da pobreza não resulta por
falta de bens, mas falta de sabedoria e equilíbrio para governar-se. O cristão,
deve saber viver em qualquer circunstância, tenha muito ou tenha pouco. O mais
extraordinário, é que a maior generosidade não vem de quem tem muito, mas de
quem do pouco sabe fazer muito.
Fonte:aqui
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