terça-feira, 30 de setembro de 2014

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Jovem, aparece! Os Arautos da Alegria recebem-te com... alegria!



Vamos reiniciar as atividades e reuniões do grupo de jovens "Arautos da Alegria". 
Já foi anunciado no  facebook do grupo.
Mas como nem todos os jovens têm acesso a esse grupo, só os que já pertencem, comunicamos aos jovens que queiram  juntar-se  a nós que os receberemos com alegria.
As atividades estão a começar.
Jovem, decide-te! Avança! Vi ser bom.

GASPTA NA FEIRA DE SÃO MIGUEL


 
 
 
 
 Em prol da solidariedade
produtos oferecidos saem na rifa a muita gente.
Assim se abrem campos de fraternidade que acolhe, agradece e ajuda.
Obrigado a todos.

domingo, 28 de setembro de 2014

29 de Setembro: São Miguel

Quer saber sobre São Miguel?
 
Então veja aqui

Reunião Arciprestal

Padres do Arciprestado de Armamar e Tarouca reuniram na tade de hoje no Centro Paroquial de Tarouca, sob a presidência do Arcipreste, P.e Artur Mergulhão.
A Carta Pastoral do Bispo diocesano e o Plano Pastoral da Diocese 2014/2015 esteveram no centro da nossa reunião que começou com a Oração de Vésperas.
O Pano Pastoral 2014/2015 debruça-se sobre a FAMÍLIA, "Ide e construí com mais amor a Família de Deus."
Foram apresentadas as acções a realizar a nível diocesano, sobre esta temática; foram propostas acções formativas, de oração, acompanhamento e intervenção, viradas para a família, a nível arciprestal e paroquial.
Entre outras informações, advindas do Colégio de Arciprestes, falou-se da visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima que percorrerá as dioceses do país, tendo em vista o Centenário das Aparições que ocorrerá em 2017. A Imagem Peregrina estará na diocese lamecense de 26/7 a 8/8, estando prevista a sua estada, durante um dia, na sede de cada concelho da diocese.
Após um momento de oração, teve lugar uma refeição fraterna numa unidade hoteleira local.

sábado, 27 de setembro de 2014

Carta Pastoral de D. António Couto (Ano Pastoral 2014-2015)


carta_pastoral4 
IDE E CONSTRUÍ COM MAIS AMOR A FAMÍLIA DE DEUS


«Os filhos são um dom de Deus»
(Salmo 127,3)
«Toda a paternidade, como todo o dom perfeito, vêm do Alto, descem do Pai das Luzes» (Tiago 1,17; cf. Efésios 3,15).
«Sois membros da família de Deus»
(Efésios 2,19)

 O amor fontal de Deus-Pai
  1. «Deus é amor» (1 João 4,8 e 16) e «amou-nos primeiro» (1 João 4,19), e «nós amamos, porque Deus nos amou primeiro» (1 João 4,19). Então, o amor que está aqui, o amor que está aí, o amor que está em mim, o amor que está em ti, o amor que está em nós, «vem de Deus» (1 João 4,7), e «quem ama nasceu de Deus» (1 João 4,7). Deus amou-nos primeiro, ama-nos e continua a amar-nos sempre primeiro com amor-perfeito (êgapêménos: part. perf. pass. de agapáô), isto é, amor preveniente, fiel, consequente, permanente (1 Tessalonicenses 1,4; Colossenses 3,12). Ama-nos a nós, que estamos aqui, e foi assim que nós começámos a amar. Se não tivéssemos sido amados primeiro, e não tivéssemos recebido o testemunho do amor, não teríamos começado a amar, e nem sequer estaríamos aqui, porque «quem não ama, permanece na morte» (1 João 3,14), sendo então a morte, não o termo da vida, mas aquilo que impede de amar, e, portanto, de nascer!
  1. Portanto, se «quem ama nasceu de Deus» (1 João 4,7), o amor que há em nós é remissivo, remete para outrem, remete para a origem. O que é a origem? A origem é o que está antes do começo, a quem a Bíblia e uma parte da humanidade chamam Deus, e nós, cristãos, por imagem, chamamos «Pai». Nova genealogia do amor: o Pai ama o Filho (João 3,35; 5,20), e ama também o mundo (João 3,16), a ponto de enviar o seu Filho ao mundo para lhe manifestar esse amor (João 3,16; 1 João 4,9-10). Só o semelhante conhece o semelhante, e lhe pode comunicar o seu amor. O Pai ama e conhece o Filho Unigénito, e comunica-lhe o seu amor. Como o Pai ama e conhece o Filho Unigénito, também o Filho Unigénito ama e conhece o Pai (Mateus 11,27), e o pode revelar os seus discípulos fiéis (João 15,9), tendo, para tanto, de descer ao nosso nível, fazendo-se homem verdadeiro, semelhante a nós (Filipenses 2,7; Hebreus 2,17). Na verdade, comunica-nos o amor do Pai, e dá-nos a conhecer tudo o que ouviu do Pai (João 15,15). E nós somos convidados a entrar nesse divino colóquio, a acolher esse amor desmesurado, e a passar a amar dessa maneira, como fomos e somos amados (João 13,34; 15,12).
  1. Assim, o amor que está em nós, ou em que estamos nós, o amor entre marido e esposa, entre pais e filhos, entre amigos, entre nós, não provém nem de uns nem de outros. Nem sequer de si mesmo. O amor não é meu nem é teu. O amor não é nosso. O amor é dado. Claro. Se «quem ama nasceu de Deus», não é nossa a patente do amor, e temos mesmo de ser extremamente cuidadosos quando pretendemos ajuizar acerca do amor que há nos outros. A antiga equação nivelada: «Ama o próximo como a ti mesmo» (Levítico 19,18), é plenificada e subvertida pela equação paradoxal: «como Eu vos amei» (João 13,34; 15,12). Mesmo aqueles que desconhecem a fonte do amor, é dela que o recebem. Neste sentido, em que a fé se une à razão, não é o casal que faz o amor; é o amor que faz o casal. Do mesmo modo que não é o casal que faz os filhos; é o amor que os faz. São um dom de Deus (Salmo 127,3). Atravessa-nos um calafrio quando nos apercebemos que a humanidade transmite, de idade em idade, de pais para filhos, algo de eterno. Amor eterno, tão terrivelmente ameaçado de idade em idade!
  1. É esse amor eterno, primeiro e derradeiro, verdadeiro, que nos faz nascer como irmãos. O lugar que, de forma mais imediata, nos mostra a fraternidade, é a família. E é verdade que, numa família, os filhos, não deixando de ser diferentes na ordem do nascimento, da saúde, da inteligência, temperamento, sucesso, são iguais. E são iguais, não obstante as suas acentuadas diferenças. São iguais, não em função do que são ou do que têm ou do que fazem, mas em função daquilo que lhes é dado e feito. Em função do amor que os precede, o amor dos seus pais, e, em primeira ou última instância, o amor fontal de «Deus-Pai» (Ad gentes, n.º 2), pois nós somos também, diz o Apóstolo, filhos de Deus (1 João 3,2), filhos no Filho (Romanos 8,17.29), membros da família de Deus (Efésios 2,19). É esse amor primeiro que nos torna livres e iguais, logo irmãos. A fraternidade é o lugar em que cada um vale, não por aquilo que é, por aquilo que tem ou por aquilo que faz, mas por aquilo que lhe é feito, antes e independentemente daquilo que deseja, pensa, projeta e realiza, e em que o seu ser é ser numa relação de amor incondicionada, que não é posta por ele, mas em que ele é posto. A verdadeira fraternidade ensina-nos que a nossa consciência não é a autoconsciência daquilo que fazemos, mas a hétero-consciência daquilo que nos é feito e que nós somos sempre chamados a reconhecer e a cantar com renovada alegria, como Maria: «O Todo-poderoso fez em mim grandes coisas» (Lucas 1,49).

O limiar do mistério em cada nascimento

  1. Ó abismo da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! (Romanos 11,33). Ó abismo do amor de Deus! Caríssimos pais e mães, os filhos que gerais e que vedes nascer, são, antes de mais, vossos ou são de Deus? Dir-me-eis: este filho é nosso, fomos nós que o geramos, fui eu que o dei à luz, nasceu neste dia, tenho aqui a cédula de nascimento. E eu pergunto ainda: sim, mas porquê esse, e não outro? É aqui, amigos, que entra o para além da química e da biologia, entenda-se, o para além de nós. É aqui, amigos, que entramos no limiar do mistério, na beleza incandescente do santuário, onde o fogo arde por dentro e não por fora. É aqui que paramos ajoelhados e comovidos à beira do inefável e caímos nos braços da ternura de um amor maior, novo, paternal, maternal, que nenhuma pesquisa biológica ou química explicará jamais. Todo o nascimento traz consigo um imenso mistério. Sim, porquê este filho, e não outro? Porquê este, com esta maneira de ser, este boletim de saúde, este grau de inteligência, estas aptidões, esta sensibilidade própria? Sim, outra vez, porquê este filho, e não outro, com outra maneira de ser, outro boletim de saúde, outro grau de inteligência, outras aptidões? Fica patente e latente, evidente, que, para nascer um bebé, não basta gerá-lo e dá-lo à luz. Quando nasce um filho, é também Deus que bate à nossa porta, é também Deus que entra em nossa casa, é também Deus que se senta à nossa mesa, é também Deus que nos visita. Há outra paternidade, a de Deus, por detrás da nossa vulgar paternidade, participação da verdadeira paternidade de Deus. Na verdade, «toda a paternidade, como todo o dom perfeito, vêm do Alto, descem do Pai das Luzes» (Tiago 1,17; cf. Efésios 3,15).

Membros de uma nova família

  1. Há, portanto, também uma nova familiaridade. A partir de Deus. Na verdade, no comportamento Misericordioso de Jesus transparece uma nova familiaridade, que assenta a sua fundação muito para além dos meros laços biológicos e anagráficos das nossas famílias. Prestemos atenção ao luminoso dizer de Jesus no caixilho literário de Marcos:
 «E vem a mãe dele e os irmãos dele, e, ficando fora, enviaram quem o chamasse. E estava sentada à volta dele a multidão, quando lhe dizem: “Eis que a tua mãe e os teus irmãos e as tuas irmãs estão lá fora e procuram-te”. E respondendo-lhes, diz: “Quem é a minha mãe e os meus irmãos?”. E tendo olhado à volta, para os que estavam sentados em círculo ao seu redor, diz: “Eis a minha mãe e os meus irmãos. Na verdade, aquele que faz a vontade de Deus, este é meu irmão e irmã e mãe”» (Marcos 3,31-35).
Ensinamento espantoso de Jesus que põe em causa a validade de uma maternidade e fraternidade meramente biológicas, fundadas sobre os direitos do sangue [«a tua mãe e os teus irmãos e as tuas irmãs… procuram-te»], para afirmar uma nova familiaridade aberta pelo horizonte novo do éschaton, do último, do primeiro e último, do novíssimo: «aquele que faz a vontade de Deus, este é meu irmão e irmã e mãe». No novo horizonte da vontade do Pai, não se deixa de ser mãe, irmão ou irmã. Não são, porém, esses laços familiares que nos dão direito a amar e a ser amados, mas o termos sido encontrados pelo Amor, que agora somos chamados a testemunhar. «Vós sois testemunhas (mártyres) destas coisas», diz Jesus (Lucas 24,49). Sermos designados por Jesus testemunhas das coisas de Jesus é sermos chamados a envolver-nos de tal modo na história e na vida de Jesus, a ponto de a fazermos nossa, para a transmitir aos outros, não com discursos inflamados ou esgotados, mas com a vida! Sim, aquela história e aquela vida são a nossa história e a nossa vida. Sentir cada criança como filho, cada mulher como mãe e todo o semelhante como irmão ou irmã não é simples retórica, mas a transcrição verbal do novo real compreensível à luz do projeto Criador, Primeiro e Último, em que o mundo aparece como uma única casa e os seus habitantes como uma só família. Nascerá então o mais belo relato. Sim, o relato re-lata, isto é, põe em relação, une, reúne, enlaça, entrelaça. E re-lata, isto é, põe em relação, une, reúne, enlaça, entrelaça duplamente: primeiro, porque faz uma re-lação dos acontecimentos, unindo-os para formar um belo colar; segundo, porque põe em relação o narrador e o narratário. Sim, quando eu e tu e ele e ela, nós todos, relatarmos a mesma história, e não histórias diferentes, nesse dia luminoso e bendito começamos a nascer como irmãos, não pelo sangue, mas pela liberdade. Sim, só o relato nos pode aproximar tanto, fazendo-nos, não apenas estar juntos, mas nascer juntos, como irmãos. Portanto, irmãos e amigos, deixai que grite bem alto aos vossos ouvidos: mais amor, mais família, mais oração, mais missão, mais formação. Mais. Mais. Mais.

 O sentido da vida recebida e dada

  1. Na origem dos nossos termos «matrimónio» e «património» está o «dom» como «munus», como bem sublinha e explica o famoso linguista francês Émile Benveniste, seguido por Eugenia Scabini e Ondina Greco, no domínio da psicologia social. Munus faz parte de uma rede de conceitos relacionais, que obriga a uma «restituição». Quem não entra neste jogo do munus diz-se immunus, «imune». E voltam as perguntas contundentes: quem recebe a vida, como e a quem a restitui? Salta à vista que não podemos «restituir» a vida a quem no-la deu. Há, neste domínio, uma assimetria originária nas relações familiares. Verificada esta impossibilidade de «restituir» a vida a quem no-la deu, poderíamos pensar em «restituir» em termos análogos: então, o filho poderia, por exemplo, responder ao dom da vida recebida, tomando a seu cargo e cuidado os pais enfraquecidos e velhinhos. Mas este não é o único modo de «restituição» nem o mais significativo. O equivalente simbólico mais próximo é «restituir» em termos generativos (generativo e generoso têm a mesma etimologia), dando, por sua vez, a vida e assumindo a responsabilidade de pôr no mundo uma nova geração. Dar a vida e tomar a seu cuidado uma nova geração é mesmo o modo mais apropriado de «restituir» à geração precedente. Situação paradoxal: respondemos ao débito que nos liga à geração anterior com um crédito em relação à geração seguinte. E os avós têm muito a ganhar com os netos, e estes com aqueles. Todos sabemos. Da família humana à grande família de Deus, passando pela família religiosa. Também por isso, a Bíblia é um livro de nascimentos e de transmissão: da vida e da fé e da graça. Vamo-nos hoje apercebendo de que o mundo em que estamos tem muitas dificuldades em transmitir a vida e a fé e a graça, a cháris, o carisma, que envolve a nossa vida pessoal e da nossa família humana, mas também a vida da Igreja, família de Deus, e das diferentes famílias religiosas. Talvez por isso, nos voltemos tanto para trás, e se fale tanto em voltar às origens, refundar. Mas o caminho a empreender não passará mais por gerar novos filhos na vida e na fé e no carisma? Parece-me que é esta a tarefa que todos temos pela frente, em casa, na Igreja, família de Deus, e nas famílias religiosas.

Missão: «restituição» para a frente

  1. Impõe-se, portanto, não a preservação, a conservação, a autoconservação, mas a missão, que é a verdadeira «restituição» a Deus e aos irmãos. Já atrás nos ocupámos a verificar, em termos familiares, a impossibilidade de «restituir» a vida a quem no-la deu. O Salmista também se pergunta no que a Deus diz respeito: «Como «restituirei» ao Senhor por todos os seus benefícios que Ele me deu?» (Salmo 116,12). Sim, como «restituirei» ao Senhor o amor que há em mim? Como «restituiremos» ao Senhor o amor que há em nós? O Salmista responde: «O cálice da salvação erguerei, e o Nome do Senhor invocarei. Os meus votos ao Senhor cumprirei, diante de todo o seu povo» (Salmo 116,13-14). Sim, o Salmista sabe bem que não pode «restituir» diretamente a Deus, mas sabe também que pode sempre agradecer a Deus (restituição análoga), e, passando de mão em mão, em fraterna comunhão, o cálice da salvação, anunciar a todos que Deus atua em favor do seu povo, faz em nós grandes coisas, sendo este anúncio ação de evangelização ou generosa «restituição» generativa. É assim que, de forma empenhada, generosa e apaixonada, como testemunha S. Paulo, se vão gerando (1 Coríntios 4,15; Filémon 10) e dando à luz novos filhos (Gálatas 4,19).
  1.  Amados irmãos e irmãs, não nos é permitido, nesta encruzilhada da história, ficar quietos, desanimados, tristes e calados. Ou simplesmente entretidos, ensonados e descomprometidos, como crianças sentadas nas praças, que não ouvem, não ligam, não respondem (Mateus 11,16-17; Lucas 7,31-32). Para esta tarefa imensa da transmissão da fé e do amor e da vida verdadeira, vida em grande, todos estamos convocados. Ninguém se pode excluir, ou ficar simplesmente a assistir. São sempre necessários e bem-vindos mais corações, mais mentes, mais entranhas, mais braços, mais mãos, mais pés, mais irmãos. Uma Igreja renovada multiplica as pessoas que realizam serviços e acrescenta os ministérios. A nossa vida humana e cristã tem de permanecer ligada à alta tensão da corrente do Amor que vem de Deus. E temos de ser testemunhas fortes e credíveis de tanto e tão grande Por isso e para isso, podemos aprender a rezar a vida com o orante do Salmo 78:
«As coisas que nós ouvimos e conhecemos,
o que nos contaram os nossos pais,
não o esconderemos aos seus filhos,
contá-lo-emos à geração seguinte:
os louvores do Senhor e o seu poder,
e as suas maravilhas que Ele fez.
Ele firmou o seu testemunho em Jacob,
e a sua instrução pôs em Israel.
E ordenou aos nossos pais,
que os dessem a conhecer aos seus filhos,
para que o saibam as gerações seguintes,
os filhos que iriam nascer.
Que se levantem e os contem aos seus filhos,
para que ponham em Deus a sua confiança,
não se esqueçam das obras do Senhor,
e guardem os seus mandamentos» (Salmo 78,3-7).
Amados irmãos e irmãs, há coisas que não podemos mais dizer sentados, que é como quem diz, assim-assim, de qualquer maneira ou de uma maneira qualquer. O Amor de Deus, que enche a nossa vida, tem de ser dito com a vida levantada, com um dizer grande, transbordante, contagiante e transformante, com razão, emoção, afeto e paixão. Retomo o dizer do orante e transmissor da fé: «Que se levantem e os contem aos seus filhos» (Salmo 78,6). Ou, de outra maneira: «Uma geração enaltece à outra as tuas obras» (Salmo 145,4). Ou como Maria: «A minha alma engrandece o Senhor» (Lucas 1,47).

Todos-para-todos

10. Para esta tarefa imensa da transmissão da fé e do amor e da vida verdadeira, vida em grande, convoco todos os diocesanos da nossa Diocese de Lamego: sacerdotes, diáconos, consagrados, consagradas, fiéis leigos, pais, mães, avôs, avós, famílias, jovens, crianças, catequistas, acólitos, leitores, agentes envolvidos na pastoral, membros dos movimentos de apostolado. A todos peço a graça de promoverem mais encontros de oração, reflexão, formação, partilha e amizade. Mais. Mais. Mais. A todos peço a dádiva de uma mão de mais amor às famílias desconstruídas e a todos os irmãos e irmãs que experimentam dificuldades e tristezas. Mais. Mais. Mais. A todos peço que experimentemos a alegria de sairmos mais de nós ao encontro de todos, para juntos celebrarmos o grande amor que Deus tem por nós e sentirmos a beleza da sua família toda reunida. Que cada um de nós sinta como sua primeira riqueza e dignidade a de ser filho de Deus. E para todos imploro de Deus a sua bênção, e de Maria a sua proteção carinhosa e maternal.

Santa Maria de um amor maior,
do tamanho do Menino que levas ao colo,
diante de ti me ajoelho e esmolo
a graça de um lar unido ao teu redor.
Protege, Senhora, as nossas famílias,
todos os casais, os filhos e os pais,
e enche de alegria, mais e mais e mais,
todos os seus dias, manhãs, tardes, noites e vigílias.
Vela, Senhora, por cada criança,
por cada mãe, por cada pai, por cada irmão,
a todos os velhinhos, Senhora, dá a mão,
e deixa em cada rosto um afago de esperança.


Lamego, 27 de setembro de 2014, Dia da Igreja Diocesana
+ António, vosso bispo e irmão


Fonte: aqui


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

DEZ MANDAMENTOS PARA PAIS COM FILHOS NA CATEQUESE

1.Não somos uma ilha. Assim como precisamos da família e da sociedade, para fazer nascer e crescer o nosso filho, mesmo que a primeira responsabilidade seja sempre nossa, também precisamos da Igreja, para que o nosso filho, renascido pelo Baptismo, cresça connosco na fé.
2.Não nos bastamos a nós próprios na educação da fé, mesmo que sejamos os primeiros catequistas dos nossos filhos. Os catequistas da nossa paróquia estão à nossa disposição, não para ser nossos substitutos, mas para se tornarem nossos colaboradores na educação da fé. O seu trabalho, feito em comunhão com a Igreja, será sempre em vão, sem o nosso empenho e colaboração!
3.Não faltaremos à Catequese. A Catequese não é um «ensino» avulso e desorganizado. É uma educação da fé, feita de modo ordenado e sistemático, de acordo com o programa definido pelos Catecismos. As faltas à Catequese quebram a sequência normal da descoberta e do caminho da fé. Velaremos pela assiduidade dos nossos filhos. E pelo seu acompanhamento, num estreito diálogo com o pároco e os catequistas.
4.Não esperamos da Catequese que faça bons alunos. Antes, pretendemos que ela nos ajude a formar discípulos de Jesus, que O seguem, em comunidade. Não desprezaremos a comunidade dos seus discípulos, a Igreja, nos seus projectos, obras e iniciativas.
5.Não queremos, apesar de tudo, que a Catequese seja o nosso primeiro compromisso cristão. Participar na Eucaristia Dominical é um bem de primeira necessidade. Saberemos organizar a agenda do fim-de-semana, pondo a Eucaristia, em primeiro lugar. Custe o que custar!
6.Não queremos que a Catequese substitua as aulas de Educação Moral e Religiosa Católica nem o contrário. Porque a Catequese, não é uma “aula”, em ambiente escolar, dirigida sobretudo à inteligência, e destinada a articular a relação entre a fé e a cultura. A Catequese é sobretudo um “encontro”, no ambiente da comunidade, que se dirige à conversão da pessoa inteira, à sua mente, ao seu coração, à sua vida. A disciplina de EMRC e a Catequese não se excluem mas implicam-se mutuamente.
7.Não estaremos preocupados por que os nossos filhos “saibam muitas coisas”. Mas alegrar-nos-emos sempre, ao verificarmos que eles saboreiam a alegria de serem cristãos, e vão descobrindo, com outros cristãos, a Pessoa e o Mistério de Jesus, o Amigo por excelência, o Homem Novo, o Deus vivo e o Senhor das suas vidas!
8.Não exigiremos dos nossos filhos, o que não somos capazes de dar. Por isso, procuraremos receber nós próprios formação e catequese, para estarmos mais esclarecidos e mais bem preparados. Procuraremos estar onde eles estão. Rezar e celebrar com eles, de modo a que a nossa fé seja vivida em comum na pequena Igreja que é a família e se exprima na grande família que é a Igreja.
9.Não exigiremos dos nossos filhos o que não somos capazes de fazer. Procuraremos pensar e viver de acordo com os valores do Evangelho. Sabemos bem que o testemunho é a primeira forma de evangelização. Deste modo, eles aceitarão melhor a proposta dos nossos ideais e valores.
10.Jamais cederemos à tentação de “mandar” os filhos à Catequese, para nos vermos livres deles ou para fugirmos às nossas responsabilidades.

DECÁLOGO SOBRE A CATEQUESE

1.      A comunidade cristã é o sujeito, o ambiente e a meta da Catequese. Família, Catequese e Paróquia, assumem, em comunhão, a responsabilidade por criar o ambiente, onde a fé de cada um possa crescer com o testemunho dos outros, esclarecer-se com a ajuda dos demais, celebrar-se em comum e manifestar-se a todos. Ninguém cresce sozinho e pelas suas mãos, como ninguém cresce na fé, sem a fé dos outros e sem a graça de Deus. É no testemunho vivido da fé, que a Catequese encontra a sua base de apoio!
2.      A vida “em grupo” e entre os grupos de catequese, no seio da comunidade, é já uma experiência do ser e do viver em “Igreja”. O ambiente de participação activa e de responsabilidade comum, por parte de todos, quer nas celebrações, quer no compromisso efectivo, nas várias obras, iniciativas e actividades da Paróquia, facilitarão a consciência de sermos “discípulos” de Jesus, numa “Igreja”, chamada a ser comunidade e família de irmãos!
3.      Entre os vários modos e momentos de evangelização, a Catequese ocupa um lugar de destaque. Ela preocupa-se por anunciar a Boa Nova, àqueles que, de algum modo, já foram, ao menos, alguma vez, sensibilizados, seduzidos, ou tocados pela beleza da pessoa de Cristo. Espera-se que, de um modo organizado, esse primeiro anúncio, seja, a seu tempo e com largo tempo, esclarecido de boa mente, acolhido no coração, e que dê frutos de vida nova. E que essa vida nova seja expressa, partilhada e fortalecida, no encontro fiel da comunidade com Cristo Ressuscitado, na celebração dos sacramentos, particularmente da Eucaristia e da Reconciliação.
4.      Na verdade, a vida cristã é um facto comunitário! E se alguém, por hipotética ocupação, não pudesse dispensar mais que uma hora, por semana, para “estar com o Senhor”, deveria reservar esse tempo, para a participação na Eucaristia Dominical, que é verdadeiramente o ponto de chegada, o ponto de encontro e o ponto de partida da vida e da missão da Igreja. A “catequese” não é “um à parte”, uma “hora” para a educação religiosa ou cívica, como se fizesse algum sentido preocupar-se por não faltar a um encontro de catequese e faltar, sem qualquer justificação, à celebração da Eucaristia e aos compromissos com a vida da comunidade.
5.      A Catequese não é uma “aula” de religião ou de moral, nem se dirige somente à capacidade de aprender e de saber bonitas coisas acerca de Deus, acerca dos sete sacramentos, dos dez mandamentos, da Igreja, da vida eterna. A Catequese propõe uma Pessoa e não uma teoria: “Jesus Cristo é o Evangelho, a Boa Nova de Deus”. Nesse sentido, a catequese é evangelizadora, se levar os catequizandos à descoberta, à amizade e ao seguimento de Jesus. Sem essa adesão vital de coração, à Pessoa de Jesus Cristo, qualquer “Moral” se tornará um peso, em vez de se oferecer como um caminho de libertação.
6.      Frequentar a Catequese, é bem mais do que “ir à doutrina”. A Catequese é uma “educação da fé” e da “fé” em todas as suas dimensões. O mero conhecimento da “doutrina” sem a celebração e sem a sua aplicação à vida, faria da fé uma bela teoria. A celebração, sem o conhecimento dos seus fundamentos, e desligada da prática da vida, tornar-se-ia, por sua vez, incompreensível e incoerente e até mesmo “alienante”. Todavia, uma fé, proposta e transmitida, que não se aprofunde na experiência da oração, jamais conduzirá a uma relação pessoal com Deus. Ora a fé, pela sua própria natureza, implica ser conhecida, celebrada, vivida e feita oração. Só assim se “segue” verdadeiramente Cristo, com toda a alma e de corpo inteiro!
7.      A fé, no contexto em que vivemos, é talvez, mais uma «proposta» de sentido para a vida, do que um mero acto cultural de “transmissão”. ninguém propõe O que desconhece, nem dá O que não tem. Mas quem tem fé, e a vive, não pode deixar de a “apegar” aos outros e de a propagar a todos. Na educação da fé, tem papel decisivo o “testemunho” e o “entusiasmo” de todos aqueles que, na comunidade, se tornam portadores e servidores da alegria do Evangelho. Uma fé que não se apega, apaga-se!
8.      Mais do que se preocuparem, porque não sabem o que responder aos filhos… os pais deveriam procurar “descobrir com os filhos” a Boa nova que eles receberam na Catequese, “rezar com eles”, participar com eles na celebração da Eucaristia. Então as respostas, serão encontradas na vida comum da fé, partilhada em família e em comunidade. Nada disto impede os próprios pais, de procurar integrar um grupo de Catequese, paralela à dos filhos, que os ajude a aprofundar as razões da sua fé, em relação com a cultura e com as responsabilidade sociais, familiares e eclesiais, que assumem diariamente.
9.      Pedir a Catequese para os filhos e pôr-se “de fora”, em tudo o que se refere à vivência e à celebração da fé, cria uma “divisão” interior, uma vida dupla, que impede, quem quer que seja, de descobrir e construir a sua própria identidade cristã. Frequentar a Catequese não significa “ter uma aula” por semana, para garantir um diploma, uma festa ou um sacramento no fim do ano. Pedir a Catequese implica comprometer-se a caminhar com toda a comunidade, no anúncio feliz do Deus vivo e na experiência maravilhosa do encontro com Ele.
10.  Não faz parte das tarefas da Catequese ocupar os tempos livres, ensinar regras de boa educação ou esgotar o tempo a “decorar” as fórmulas das orações comuns dos cristãos. Mesmo esperando que todo o ambiente de Catequese seja educativo e que tais orações sejam assumidas e bem compreendidas, são tarefas da catequese iniciar as crianças e adolescentes no conhecimento da fé (que se resume no Credo), na celebração (dos sacramentos), na vivência (atitudes de vida) e na experiência pessoal da fé (oração). E isso é obra de todos nós, que somos, mais uma vez, “convocados pela fé”.

Ir à catequese!?... Porquê?


Muitas pessoas podem perguntar: “Qual a importância de ir à catequese? É sempre a mesma coisa! O importante é a escola…”
Encontramos muita gente que já nem faz a pergunta, nem espera a resposta. Toma logo a decisão de se afastar da catequese, ou de não levar os filhos. A preocupação é puramente social: primeira comunhão, crisma para ser padrinho.  Há quem diga que é uma preocupação sacramental. Mas é social, porque se fosse sacramental exigia uma fé comprometida, o que não parece ser o caso.
Então para que serve afinal a catequese? Para aprender a doutrina? E o que é isso? Leis? A cumprir um regulamento, que muitos, sem conhecer e entender a fundo, consideram desactualizado?
Tenho algum receio da educação que hoje se transmite. Não porque ela esteja de todo errada. Era bom que na vida só pudéssemos fazer o que nos apetece, e que se procure satisfazer as vontades todas das crianças, sem as fazer pensar. O meu receio fundamenta-se nesta inquietação: os pais/sociedade preparam as crianças como se tudo corresse bem e não fossem encontrar nunca dificuldades na vida. Mas quem as prepara para as dificuldades? Quem as prepara para não se deixarem traumatizar pelos obstáculos e sofrimentos? “Quem as ensina a interiorizar, a usar as dores para crescer em sabedoria, a trabalhar as perdas e frustrações com dignidade, a agregar ideias, a pensar com liberdade e consciência crítica, a romper as ditaduras intelectuais, a gerir com maturidade os pensamentos e emoções nos focos de tensão, a expandir a arte da contemplação do belo, a dar sem contrapartida do retorno, a colocarem-se  no lugar do outro e a considerar as suas dores e necessidades psicossociais”?
Na catequese, pretende-se revelar a pessoa que nos ensinou de um maneira extraordinária e inovadora: JESUS. E isso faz-se em diversos anos, para acompanhar a evolução intelectual e afectiva das crianças. Quando se descobre este Jesus, ficamos apaixonados e libertos. Crescemos interiormente. Encontramos força, energia, para vencer, aprender, crescer.
Que a família, catequistas e a comunidade nunca se esqueçam de mostrar a beleza de Deus. Não a ofusquemos com doutrinas frias. Ajudemos os catequizandos a apaixonar--se por este AMIGO!
A catequese visa “formar cristãos, que vivam a fé em todas as dimensões: acreditar, celebrar, rezar e praticar”.
Formar cristãos! Esta é uma ideia que ainda não foi assimilada pela maior parte das pessoas, que veem a Catequese como uma mera educação, um espaço de convívio.
Crianças e jovens apaixonados por Cristo, na escola de Cristo, para fermentar o mundo e a vida com o Evangelho.

Que mais poderiamos ter feito?"

Conta-se que, certa vez, houve uma grande enchente numa cidade. Todo o povo teve sair de suas casas. havia um morador que não queria sair de jeito nenhum pois acreditava que Deus ia salvá-lo. Os amigos foram conversar com ele, mas nada. Voltaram de barco para levá-lo e ele não quis. Por fim, os bombeiros foram buscá-los de helicopteros, mas o teimoso não aceitou. Acabou morrendo afogado. 
Chegando ao céu foi reclamar com Deus por não ter sido atendido. Com todo o amor, o Senhor disse ao homem: "Fomos à sua casa e você não nos ouviu, mandámos um barco e um helicóptero e você simplismente não quis saber. Que mais poderíamos ter feito?"

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

TODOS PELO CENTRO PAROQUIAL!


Caro emigrante, antes de regressar de férias deixe o seu contributo para o Centro Paroquial! A comunidade agradece.
    
Como deixar a sua oferta? - Entregando diretamente ao Sacristão, a qualquer membro da Comissão ou ao Pároco.
- ou









   
O Sopé da Montanha publicará as ofertas recebidas como o doador quiser: indicando o nome ou como anónimo.
 
 
 
 As obras vão andando. Pedem que a generosidade das pessoas também vá aparecendo.
De quem nunca deu e dos que já deram.
Fortes, unidos, generosos. 
Não acredite num cristianismo que não lhe mexa no bolso!

 Estamos a dar para uma obra que fica para sempre a favor de todos!!!!

Catequese Paroquial 2014/2015




1. Em 1 de Outubro, pelas 20.30h,  no Centro Paroquial, reunião geral de catequistas, tanto para os que já são como para os que vão entrar.

2. Em 4 de outubro, pelas 15 horas, na Igreja Paroquial, reunião para os pais de todos os catequizandos (1º ao 10º ano).
Será uma reunião formativa, informativa e deliberativa.
Estarão connosco adultos e um jovem para testemunhar e partilhar este tema: " "Filho, como nos vês?"


3.Em 11 de Outubro, iniciará a catequese para todos. Às 15 horas, na Igreja, terá lugar a Eucaristia, seguida da cerimónia do envio. Depois os catequizandos reunirão com os seus catequistas na sala onde vão ter catequese.
 

sábado, 13 de setembro de 2014

Os cânticos na celebração da Eucaristia


 
Todas as liturgias constam de quatro partes fundamentais:
a) Ritos iniciais b) Liturgia da Palavra c) Liturgia própria do Sacramento (neste caso Liturgia Eucarística) c) Ritos conclusivos

1. ENTRADA

A procura de Deus através da Igreja. – O amor de Deus que nos escolheu e nos convoca. – Um aspeto da salvação segundo o ano litúrgico. Com ele damos início à celebração eucarística. Não é qualquer canto que se pode utilizar para a entrada de uma celebração. A sua função é criar comunhão. O seu mérito é convocar a assembleia e, pela fusão das vozes, juntar os corações no encontro com o Ressuscitado.

2. ATO PENITENCIAL (Kyrie eleison)

Senhor, tende piedade de nós. – Exprimimos o senhorio de Cristo, a sua misericórdia e louvor. É uma aclamação suplicante a Cristo-Senhor. É o Canto da assembleia reunida que invoca e reconhece a infinita misericórdia do Senhor.

3. GLÓRIA

O Glória é um hino muito antigo que data aproximadamente do séc. II d. C. É uma belíssima doxologia (ou louvor a Deus), fruto poético das comunidades cristãs primitivas, cuja fonte é a Bíblia. O Glória convida-nos a glorificar a Deus Pai, a Cristo Cordeiro de Deus. É uma invocação trinitária da antiguidade. É a forma da Igreja reunida no Espírito Santo, louvar a Deus Pai e suplicar ao Filho, Cordeiro e Mediador. Este é um hino de louvor, alegre e festivo, que deve ser cantado (ou recitado) por toda a assembleia.

4. SALMO RESPONSORIAL

O Salmo é uma resposta da comunidade à Palavra escutada na primeira leitura. O livro dos Salmos do Antigo Testamento reúne um conjunto de 150 composições poéticas, muitas delas, segundo a tradição, escritas pelo Rei David. Estes textos eram usados nos momentos de oração do povo de Israel. Exprimem muitos dos sentimentos vividos pelo povo, em diferentes situações de dificuldade, de perseguição, de abandono. Deve ser introduzido por um refrão simples, com uma melodia simples. As estrofes devem ser cantadas por um salmista que vai dando melodia à Palavra de Deus. A melodia deve estar de acordo com o texto (se é um texto de súplica, não deve ser uma melodia de festa; se é um canto de louvor, não deve ser uma melodia triste…).

5. ALELUIA

É uma introdução, preparando a assembleia para o que será proclamado. Por outras palavras, o canto que precede a proclamação do Evangelho nada mais é do que um “viva” pascal ao Verbo de Deus, que nos tirou das trevas da morte, introduzindo-nos no reino da vida.

6. APRESENTAÇÃO DOS DONS

É um canto que acompanha a procissão dos dons. O texto do canto não precisa de falar de pão e de vinho e muito menos de oferecimento ou oblação. Outro dado importante: tudo o que for apresentado como oferta não poderá voltar ao dono. Tem de ser partilhado ou doado. Caso retorne, não tem sentido ser ofertado. Não é obrigatório cantar neste momento. Pode optar-se por fazer silêncio ou uma música de fundo.

7. SANTO

O Santo, introduzido na Celebração Eucarística no séc. IV na Igreja do Oriente e no séc. V na Igreja do Ocidente. A letra do Santo é formada por duas partes: a primeira parte “Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do universo, o céu e terra proclamam vossa glória…”, reproduz o louvor celeste dos Serafins conforme o relato de Isaías 6, 3 (…). a segunda parte: “Bendito o que vem em nome do Senhor…”, expressa o grito de triunfo do povo de Deus que acolhe e aclama o Messias, o Salvador.

8. CORDEIRO DE DEUS

O Cordeiro tem uma particularidade especial, é um canto sacrificial que dá sentido ao gesto de Jesus ao partir do pão. Bom seria que tivesse um solista que cantasse a primeira parte e a assembleia respondesse na segunda parte. O “Cordeiro de Deus” é uma prece litânica: após cada invocação entoada pelo(a) cantor(a), a assembleia responde com o “tende piedade de nós” e no final com o “dai-nos a paz”.

9. COMUNHÃO

Mistério de Cristo e comunhão fraterna. – Identificação com Cristo no Evangelho de cada dia. – Os frutos de uma vida em Cristo. Neste momento da celebração devemos sentir-nos verdadeiramente unidos e irmãos. É um canto que se inicia quando o sacerdote comunga e prolonga-se enquanto dura a comunhão de todos os fiéis, ou até ao momento que se julgue oportuno. Tendo o cuidado de se dar um tempo de silêncio e de louvor, no momento de ação de graças.

10. FINAL

A Eucaristia não termina, porque se prolonga na vida. É preciso que os participantes saiam comprometidos, com esperança, com a sensação de ter crescido em fraternidade, mais comprometidos… O Canto Final não faz parte da Liturgia. É um canto que se chama “ad libitum”, quer dizer, nesta intervenção musical os músicos são livres de planificar e escolher a música que se proporcione para um final adequado à celebração.
 in VOZ DE LAMEGO