«Os leigos são a energia nuclear do cristianismo. A energia atómica obtém-se pela fissura de um
átomo bombardeado por um neutrão: é assim que o átomo se divide em dois. Por
sua vez, as duas partículas subdividem-se, e, de duas, formam-se quatro,
e assim se vão multiplicando de forma exponencial. Um leigo que acredita e que
não se envergonha do Evangelho contagiará inevitavelmente outro; e estes dois
contagiarão outros dois. E assim que se difunde o Evangelho. De cristãos assim
há hoje uma necessidade imperiosa e urgente, e é-lhes oferecida uma
oportunidade imensa: dar razão da esperança que os habita e os anima. Na
condição secular do nosso tempo, não haverá profecia se não voltar a ser
profética a vida do cristão comum. Porque a sociedade secular desconfia das
Igrejas e já não entende a sua linguagem. Pode, no entanto, ser sacudida pelos
gestos e pelas palavras de quem vive plenamente “nas actividades propriamente
temporais” {Lumen gentium, n.° 36). [...] “Na realização desta tarefa,
os fiéis leigos ocupam o lugar mais importante” (Lumem gentium, n.° 36)
[...]. Não se pode dispensar o seu testemunho. Porque a missão não é propaganda
e o testemunho não é dar nas vistas, mas fazer mistério. É viver uma vida
verdadeira, plena, bela, de tal modo bela, que não poderia ser explicada se
Cristo não tivesse sido morto e não tivesse verdadeiramente ressuscitado».
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