Depois uma intervenção falhada dos Estados Unidos no Vietnam, ninguém iria pensar que uma nação sem grande tradição cristã iria voltar-se para Cristo. Ainda por cima num país governado por comunistas que vê a Igreja com suspeita, o cristianismo como uma influência estrangeira e os cristãos como agentes do Ocidente. Mas, no Vietnam, o vazio gerado pelo ateísmo comunista produz efeitos análogos aos verificados na China, atraindo muitas almas para a Igreja Católica. E está a dar-se o mesmo fenómeno dos princípios do cristianismo. Quanto mais se combate o cristianismo mais influência ele ganha nas pessoas. O Estado aperta com novas leis. Mas isso só aparentemente produz obstáculos, pois a fé é a maior de todas as armas, como dizia a Madre Teresa de Calcutá.
Por exemplo, em Ho Chi Minh City, antiga Saigão, a maior cidade do país, cerca de 700 mil pessoas são católicas e seu número cresce assustadoramente para o regime socialista. A conversão de Tô Hai, figura importante do comunismo vietnamita e célebre compositor nacional, causou sensação recentemente.
Há nesta diocese 670 sacerdotes, mais de 5.000 religiosos e religiosas, mais de 7.000 catequistas e todoo os anos mais de 6.000 adultos pedem o baptismo. Em 2012, por exemplo, foram baptizados 6.736 adultos, provenientes do ateísmo, do budismo ou do culto aos antepassados. E o número anual de baptismos de crianças anda à volta de vinte mil por ano. Para efeitos de comparação, em dioceses grandes como Los Ângeles e Nova Iorque, a Igreja Católica baptiza anualmente entre 1.300 e 1.600 adultos.
O comunismo olha para os católicos com menosprezo, desdém e desconfiança, mas essa oposição dos sem-Deus não consegue conter a onda de conversões suscitadas pela graça divina.
In O Amigo do Povo
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