domingo, 5 de outubro de 2014

Tarouca: reunião de Pais dos catequizandos


Na tarde de ontem, 4 de outubro, teve lugar na Igreja Paroquial um encontro de pais dos catequizandos desta comunidade paroquial.

Três assuntos dominaram a reunião:
1. Lançamento do novo ano catequético. Programação, calendarização e orientações várias.
2. Deliberação. Por voto direto e secreto, os pais decidiram, por maioria, qual o limite de faltas injustificadas que consideram aceitável para a catequese. Cinco. Esta votação diz respeito ao presente ano catequético.
3. Formação. Tivemos connosco a presença de um jovem de Leomil, o Diogo, e de um casal de Santa Maria da Feira, o António e a Inês, pais de três filhos.

Apesar das vindimas que absorvem imensa gente nesta altura, já que as últimas chuvadas fizeram apodrecer as uvas, havendo, por isso, urgência em vindimá-las, o que leva as pessoas a aproveitar o sábado para ir em auxílio de familiares e amigos, esteve presente um bom grupo de pais, que felicitamos.
A reunião decorreu com muita serenidade, apesar de longa. Tanto a votação como os outros assuntos tratados foram encarados pelos participantes com calma e intersse.
Claro que o ponto alto foi o testemunho dos três convidados e o diálogo subsequente.  O jovem Diogo, procurou, a partir da sua vivência, responder à questão: "Filho, como nos vês?" Com a soltura e a franqueza que a juventude propicia, falou do impacto que tem para os jovens e famílias a vivência de Cristo e a partir de Cristo. Frisou a importância da manifestação dos sentimentos em família, dizendo: " Fico contente quando a minha mãe me trata por filho, mais do que por Diogo." Apelou aos pais para que nunca se ausentassem da vida dos filhos, lhes manifestassem os sentimentos, mas que os não sufocassem.

O Casal Inês e António fizeram da partilha da sua vida familiar uma mensagem viva, autêntica, sincera, onde, uma vez ou outra, umas lágrimas afloraram.
A presença de Deus nas suas vidas de jovens e de casados é um dom que agradecem e saboreiam. A preocupação em viver de acordo com a fé, que tantas vezes não é nada fácil, tem-nos levado à procura de acertar o relógio do seu viver pelo de Deus. E isto só lhes tem trazido paz, serenidade e fortaleza no amor. "Casamos virgens", disse um deles. "Mesmo nas férias ou nas saídas com outros amigos, nunca esquecemos a Eucaristia dominical", afirmou o outro. E contaram situações em que foram o único casal a abandonar o local para participar na Missa. Mas que tal postura têm-lhes granjeado a simpatia e a admiração de outras famílias. Algumas, tocadas pelo testemunho, começaram a interrogar-se e a caminhar...
O realismo comunicativo  atingiu o ponto mais alto quando abordaram os problemas que têm tido com o filho mais velho, ligados a certo culto esotérico, com consequente afastamento da fé. Os choques, as tomadas de posição, os diálogos, as ameaças do rapaz de sair de casa. Ele está a acabar a universidade.... Nesta situação frisaram sempre três coisas: firmeza de posição (os valores não se negoceiam), diálogo e proximidade afetiva. "Filho, se quiseres sair, sai. Mas fica sabendo que te amamos muito e que tens sempre a porta aberta e uns braços para te acolher."
O António é Diácono Permanente. No dia da ordenação, este seu filho deu-lhe o melhor abraço: "Pai, sabes que não entendo nada daquela cerimónia onde acabas de estar. Mas sei que és um homem de convicções e que estás feliz. Isso basta-me para te felicitar."
A partir da sua vida, este casal deixou alguns desafios aos presentes:
- Não tenham medo de assumir a fé, mesmo que tenham que remar contra a maré e o que é hoje considerado socialmente como correto. 
- A melhor herança que podem deixar a vossos filhos é a fé.Deixeml-hes uma herança enorme, então!
- Educam na firmeza dos valores e na abertura do coração. Amem muito, amem sempre e digam aos vossos filhos que os amam, mesmo quando vos criam problemas.
- Nunca percam a esperança. Quando aceitamos Deus na vida da família, sabemos que as tempestados derão lugar à esperança solarenga.

Pela intervençaõ na reunião de pessoas presentes, pelos comentários ulteriores, pela reação de todos, ficámos convictos que valeu a pena, todos gostaram e agradeceram através das palmas espontâneas.

O Diogo deixou a vindima e as suas coisas de jovem para estar presente. Aquele casal andou quilómetros, deixando igualmente as suas coisas. Vieram  gartuitamente em nome de quê? Da sua fé! Para a partilhar e partilhando, poder ajudar.

Obrigado, amigos! Gostamos da vossa presença e do vosso testemunho. Ficámos mais preparados para o enorme e belo desafio de educar.

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